No
dia 11
de fevereiro
,
representantes da J.
Leiva Cultura & Esporte
estarão em Itu para apresentar os dados sobre uma pesquisa
que revela os hábitos culturais dos paulistas
.

A
ideia da pesquisa foi desenvolvida pela J. Leiva; o questionário foi
elaborado em parceria com o SESC SP e as abordagens e compilações
dos resultados ficaram a cargo do Datafolha; a análise das
informações coube à Fundação Getúlio Vargas – FGV.
A
pesquisa foi desenvolvida com o objetivo de gerar informações
capazes de alimentar o trabalho de diferentes agentes da sociedade
que no dia a dia produzem, estudam ou patrocinam a cultura.
Em
novembro de 2015, a pesquisa foi apresentada no SESC Sorocaba e nessa
ocasião a Secretária Municipal de Cultura solicitou à JLeiva e Via
Oeste, que também patrocina o trabalho, uma apresentação em Itu.
Com
o apoio da CCR Via Oeste e abrindo o calendário de reuniões do
Conselho
Municipal de Política Cultural de Itu,
a
apresentação
acontecerá
a partir das 19h,
no Auditório
do Sincomércio
,
com entrada
gratuita
.

Inscrições
Os
interessados poderão realizar as inscrições para o evento no
período de 10 de janeiro a 09 de fevereiro, através do e-mail
eventocmpci@yahoo.com.
Serviço
Pesquisa
“Hábitos Culturais dos Paulistas”
Data:
11 de fevereiro de 2015
Horário:
19h
Local:
Auditório Sincomércio (Rua Maestro José Victorio, 137, Centro,
Itu)
Informações
A Pesquisa
Cultura,
Lazer e Esportes são temas da
maior pesquisa sobre hábitos nas horas
livres já feita no estado de São Paulo.
Cerca
de oito mil moradores de 21 cidades do estado foram 
entrevistados
e revelaram seus hábitos de cultura e lazer.
O
que fazem os paulistas nas horas livres? A consultoria JLeiva Cultura
& Esporte percorreu
21 cidades do estado de São Paulo com mais de 100 mil habitantes,
incluindo as 10 mais populosas, e entrevistou cerca de oito mil
moradores em busca de informações sobre seus hábitos culturais.
Cada um dos entrevistados respondeu a mais de 80 perguntas. A
pesquisa “Cultura
em SP: Hábitos Culturais dos Paulistas”
foi levada a campo pelo Instituto Datafolha, entre abril e maio de
2014, e traz dados inéditos sobre o comportamento, interesses e
conhecimento cultural dos paulistas. Os dados deram origem a três
diferentes produtos: seminário, livro e um site, do qual o conteúdo
100% gratuito pode ser consultado por gestores públicos, privados e
produtores culturais.
As
cidades visitadas reúnem 50% da população do estado. Isso
significa que a amostra é bastante representativa. Além dos
recortes tradicionais por gênero, idade, renda e escolaridade, o
estudo também permite leitura por religião e cor da pele. Uma
primeira conclusão é que a terceira idade é a menos atendida por
projetos culturais e de lazer
”,
afirma o consultor João Leiva, idealizador do estudo realizado com
patrocínio da CCR, Sabesp e Oi, obtidos pelas Leis Rouanet e Proac,
e apoio cultural do SESC-SP e da Secretaria de Estado da Cultura.
A
entrevista foi feita com base nos critérios de representatividade do
IBGE.
Seminários
Os
principais resultados da pesquisa foram divulgados em seminários
abertos ao público durante o mês de novembro de 2014 na capital
(Pinacoteca do Estado) e em Campinas, Sorocaba e São José dos
Campos nas unidades SESC.
Destaques
Uma
informação que a pesquisa aponta é que o idoso é o grande
excluído cultural. Dos entrevistados que se encontram nessa faixa
etária, nos últimos 12 meses, 44% não foram a bibliotecas, 52% não
foram aos cinemas, 46% não foram aos museus, 40% não foram ao
teatro e 42% não frequentaram shows musicais. “Os
índices pioram conforme aumenta a idade para quase todas as
atividades culturais. É importante que se comece a dar atenção a
esse grupo nas políticas públicas e privadas para a cultura”,
completa o
consultor.

O
estudo reforça a importância da escolaridade e da renda na formação
do interesse pela cultura. O trabalho com uma amostra ampliada
permitiu ainda a análise do impacto da educação entre pessoas de
uma mesma faixa de renda. No caso dos filmes, por exemplo, 3% das
pessoas das classes A+B nunca foram ao cinema. Esse índice, porém,
cai para 1% entre os entrevistados dessa classe com ensino superior e
chega a 10% entre quem tem apenas o fundamental, mas pertence às
classes A+B. Na classe C, em que o percentual dos que nunca foram ao
cinema é de 14%, os que tem ensino superior repetem o resultado de
1% encontrado nas classes A+B e vai a 22% entre os que completaram
apenas o fundamental. O mesmo acontece em praticamente todas as
atividades culturais, independentemente de preço.
A
pesquisa indica claramente que, independentemente da classe social,
quanto maior o nível de escolaridade, maior o interesse por
atividades culturais. Isso mostra que a integração de políticas
públicas culturais e de educação é fundamental para o formação
de público
”,
acredita Leiva, citando ainda o fato de que os CEUs foram citados
como locais em que os paulistanos mais frequentam atividades
culturais.
Linguagens
culturais

A pesquisa confirma o bom momento do cinema nacional. Entre os
entrevistados, 83%
afirmam que
assistem filmes nacionais. E ao contrário do que se pode pensar, não
é só com blockbusters que a população se ocupa. Quando indagada
sobre qual filme brasileiro mais gostou recentemente, mais de 200
produções foram lembradas. De filmes mais populares a produções
independentes, com Tropa de Elite puxando a fila.
Quando
o filme é estrangeiro, 73% dos entrevistados disseram preferir
assistir às versões dubladas. Essa preferência aparece em todas as
cidades e só se inverte em dois grupos: entre aqueles que tem ensino
superior: 51% preferem filmes legendados, diferença mínima para os
que preferem a dublagem (49%) e no grupo dos que tiveram a maior
parte da vida escolar em instituições privadas: 56% pró-legenda
contra 44% pela dublagem.
Música

São
Paulo é um estado predominantemente de gosto musical sertanejo. Com
exceção dos entrevistados de 12 a 15 anos, que preferem o funk
(43%), nas demais faixas etárias o sertanejo reina absoluto. No
total da amostra, 44% dos entrevistados elegem o ritmo como o
preferido. O ranking de estilos musicais
segue a seguinte ordem: 44% sertanejo, 26% MPB, 21% rock, 18% gospel,
17% samba, 16% pagode, 14% pop, 12% forró, 11% funk, 8% dance 8%
clássica e 7% rap. Entre os artistas, Roberto Carlos (7%) é o mais
citado quando a pergunta é sobre que cantor(a) ou banda o
entrevistado mais tem ouvido recentemente.
Top
of Mind –
A
pesquisa também buscou registrar quais as marcas mais lembradas
pelos paulistas por sua relação com os patrocínios culturais. A
lembrança é bastante diluída, mas as que investem mais recursos,
com maior frequência, consistência e/ou que têm algum espaço
cultural com naming rights são as mais citadas. Entre os
entrevistados da capital, por exemplo, os bancos aparecem com as
maiores citações: Itaú (11%), Bradesco (7%), Banco do Brasil (6%),
Petrobras (5%) e Caixa (4%).
Espaços
culturais –
A
pesquisa testou o grau de conhecimento e frequência de mais de 200
espaços culturais nas cidades paulistas. Na capital, chamou a
atenção o fato de os parques e praças (20%) serem os espaços mais
lembrados, seguidos por museus (11%), centros culturais (9%) e
shoppings (8%). Individualmente, o Parque Ibirapuera lidera a lista
(10%). “Os resultados reforçam a visão mais contemporânea de que
a cultura tem vocação para ocupar diferentes espaços nas cidades.
Da rua aos shoppings”, afirma Leiva.
Investimentos
e público –
A
pesquisa evidencia como a presença de equipamentos culturais de
relevância em uma determinada cidade pode estimular o consumo de
cultura. No total da amostra, 12% dos entrevistados foram a um
concerto de música clássica no último ano. Em Tatuí, onde a
Secretaria de Estado da Cultura administra o Conservatório
Dramático e Musical Dr. Carlos de Campos, esse índice chega a 21%.
Tecnologia

As novas tecnologias são bastante usadas para a busca por opções
culturais e de lazer. Internet e redes sociais são citadas por 40%
das pessoas quando o assunto é buscar informações sobre
programação cultural, perdendo apenas para a TV, com 46%. Entre os
que têm até 34 anos, porém, a internet e as redes sociais já
batem a televisão. Contribui para isso o alto índice de acesso à
internet em praticamente todas as cidades pesquisadas.
Entre
os “heavy users” de internet (aqueles que acessam a rede todos os
dias), o consumo de todas as linguagens culturais é maior do que o
da população em geral. “Quem
está mais conectado lê mais, vai mais ao cinema, a shows, a
concertos, frequenta mais bibliotecas e saraus
”,
conta o consultor.
Esportes
Outro
levantamento que a pesquisa realizou foi que 25% praticam algum
esporte coletivo sendo que 81% optam por futebol, 26% vôlei, 12%
basquete, 7% handebol. Em relação aos esportes individuais 30%
declarou que anda de bicicleta, 24% pratica corrida, 16% prefere a
natação, 9% o skate, 3% o patins. Além disso, 18% responderam que
gostam de se exercitar na academia.
Livro
A
pesquisa realizada pela JLeiva Cultura & Esporte também vai
virar um livro, que será lançado no primeiro seminário, com edição
de três mil exemplares. Jornalistas, pesquisadores e produtores
foram convidados a refletir sobre suas áreas de estudo ou prática a
partir dos resultados da pesquisa, entre eles Frederico Barbosa
(Ipea), Ilana Goldstein (antropóloga), Hugo Possolo (teatro), Pena
Schmidt (música), Ana Carla Fonseca (cidades criativas).
Leiva
ressalta que um dos principais objetivos da pesquisa é gerar
informações que possam ajudar agentes culturais públicos e
privados no desenvolvimento de seu trabalho. “A área cultural é
carente de informações. Faltam indicadores de todos os tipos para
orientar a ação pública e privada. Os agentes culturais não
precisam ter medo de estatísticas”, afirma.

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